sexta-feira, novembro 02, 2007

Marketing directo no B2B


Porque participamos em feiras de negócios? Porque trabalhamos as relações públicas? Porque enviamos emails? Porque criamos newsletters? Porque...?
Todos os dias temos como missão responder a desafios, desafios estes que se resumem: a encontrar e contactar pessoas com poder de decisão, medir os investimentos em marketing, transformar prospects em clientes e construir relações duradouras com os actuais clientes.
Na busca por resultados, absorvidos pelo meio que nos rodeia, pressionados por objectivos e com recursos financeiros reduzidos...e também, porque somos latinos desejamos retornos imediatos, cedemos ao tradicional e não usamos de forma inteligente as ferramentas, que temos ao nosso alcance.
Tomar uma decisão de compra no B2B (business-to-business) é bem mais difícil que no B2C (Business-to-Consumer), na compra corporativa a aquisição por impulso não existe, a tomada de decisão é sempre um processo moroso, não satisfaz o produto/serviço ser adequado à empresa ou estar dentro do orçamento disponível, mais do que isto, as empresas compram relacionamentos por um longo período de tempo, pré e pós-compra.
No B2B, acredito que o recurso a ferramentas de marketing directo geram resultados surpreendentes, mas é preciso investir e trabalhar, trabalhar sobre uma estratégia planeada e contínua, que tem por objectivo gerar um relacionamento.
Comprar bases de dados com centenas ou milhares de contactos, preparar uma campanha e enviá-la para todos os contactos, receber uma serie de devolvidos (mas isso, não importa porque enviámos milhares) e esperar que alguém nos responda. Daqui a dois meses voltamos a fazer uma nova campanha, porque estamos a precisar de cumprir novamente objectivos, mudamos o texto e voltamos a enviar para todos, recebemos mais uns tantos devolvidos e esperamos que dos milhares nos respondam a % que nos falta. E voltamos a fazer tudo novamente nos meses seguintes para cumprir objectivos.
Decididamente este não é o caminho!
Marketing directo é uma estratégia de relacionamento corporativo, onde sabemos quem queremos conquistar, conhecemos essas pessoas, sabemos para onde querem ir e percebemos do seu negócio, entendemos as suas necessidades, sabemos como atendê-las e como rentabilizá-las. Toda esta gestão de informação assenta numa base de dados, mas numa base de dados bem estruturada, actualizada e bem segmentada, com informações completas e relevantes, onde o importante não são as centenas e os milhares, mas a unidade.
No mercado, não é fácil encontrar base de dados prontas logo, é preciso complementá-las pormenor-a-pormenor para cada contacto.
O marketing directo focalizado no B2B exige especialização, estratégia e dedicação/investimento a médio longo prazo. Acertar a pessoa certa no momento certo e com a oferta certa, não é fácil mais é estimulante e compensador!
Enquanto investimos na verdadeira construção de relacionamentos, é fundamental participar em feiras de negócios, desenvolver acções de relações públicas, enviar emails, criar newsletters, enfim, usufruir de ferramentas e canais que gerem visibilidade à nossa marca, que reforcem a construção do relacionamento. Bem como, educar e treinar as nossas pessoas para o marketing de relacionamento - está provado que um cliente abandona a empresa por falta de atenção – abandona porque o resultado final não corresponde à promessa inicial.
Só com uma estratégia de marketing directo, é possível atingir a pessoa decisora, conquistar a sua confiança e partilhar o futuro.

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